A psicologia como o Estudo das Interações
• Resumo Critico
A definição de Psicologia tem variado no tempo e de acordo com as características de seus autores. Problemas surgidos no âmbito da filosofia ou da ciência refletem-se em varias dessas definições.
• A palavra Psicologia deriva de duas palavras Gregas, “psyche” e “logos”, que traduzidas significam o estudo da alma, e posteriomente o estudo da mente. Define Psicologia como a ciência que estuda os processos comportamentais e mentais.
• O significado da Psicologia.
• Quando dizemos comportamento, surgem duas idéias - comportamentos fechados e comportamentos abertos.
Os comportamentos abertos são aqueles que são visíveis a todos:
Ex: Forma de vestir, a maneira de falar, de comer, a cor do cabelo, ECT...
Os comportamentos fechados são aqueles que não são visíveis a olho nu.
Ex: a raiva, ciúme, pena, bondade, felicidade, tristeza.
1 Quando se fala em processos mentais, de igual forma, aparecem duas idéias - processo mental consciente e processo mental inconsciente.
1. Os processos mentais conscientes são processos dos quais nos damos conta.
2. Os processos inconscientes são aqueles dos quais não nos damos conta.
• Comportamento e Interação
A Psicologia estuda interações de organismo, vistos como um todo, com seu meio ambiente (Harzen & Miles, 1978). A Psicologia se ocupa fundamentalmente do homem, ainda que para entendê-lo, tenha que recorrer ao estudo do comportamento de outras espécies animais (Keller & Schoenfeld, 1950).
As interações organismo-ambiente são tais que podem ser vistas como um continuum no qual a passagem da Psicologia para a Biologia ou para as Ciências Sociais é muitas vezes questão de convenciona-se limites ou de não se preocupar muito com eles. Nessa caracterização da Psicologia, o homem é visto como parte da natureza. Os homens agem sobre o mundo, modificam-no e, por sua vez, são modificados pela conseqüência de sua ação.
Continuum: espaço-temporal, nas teorias relativistas, espaço de quatro dimensões, cuja quarta é o tempo.
As interações que se referem a partes do organismo, são estudadas pela Biologia, e as que envolvem grupos de indivíduos tomados como unidade, como nas Ciências Sociais.
As áreas de sobreposição de interesses tem sido importantes a ponto de originar as denominações de Psicofisiologia e Psicologia Social.
• Níveis de Interações Organismo-Ambiente
As interações organismo-ambiente têm, historicamente, caracterizadas áreas da Psicologia, dependendo de quais subclasses de interações são consideradas.
Quanto ao ambiente externo, há áreas da Psicologia especializada no estudo de interações organismo-ambiente externo físico (Ergonomia). Organismo- ambiente externo social (Psicologia Organizacional).
O ambiente interno é visto como biológico em áreas como a Psicofisiologia ou histórico nas áreas que se ocupam de processos internos conceituais sem referência imediata a um substrato biológico.
• Ambiente externo
O comportamento altera o meio ambiente pelas ações mecânicas do homem. Muitas vezes, porém um homem age apenas indiretamente sobre o meio do qual emergem as conseqüências últimas de seu comportamento. Seu primeiro efeito é sobre outros homens.
• Ambiente Interno
Nas interações organismo-ambiente sempre estão presente interações com o ambiente, seja biológico, seja histórico.
1. Ambiente Interno Biológico
1.1. As dificuldades encontradas atualmente pelos Psicólogos não são muito diferentes daquelas encontradas por Freud no final do século passado ou por Skinner nos anos 1930, ha progresso na área, no entanto (ver Lubinski & Thompson, 1987; Razran, 1961).
1.2. É possível afirma-se que alterações internas do organismo participam das interações organismo-ambiente tanto como estímulos que controlam respostas que os antecedem ou os seguem.
2. Ambiente Interno Histórico
2.1. Em todas as orientações teóricas da Psicologia a história passada de interações organismo-ambiente tem um papel considerável na explicação de interações presentes. A pressuposição de que o organismo transporta consigo o resultado de interações passadas.
2.2. Nessas condições, dois tipos de teorias surgem, ambas referindo-se a eventos na história passada do organismo sem referência à maneira de como essa história é transportada.
2.2.1. Lacan (1979) discutindo Bergmann
No artigo de bergmann, “Germinal Cell”, o que é dado como a célula germinal da observação analítica, é a noção de reencontro e de restituição do passado. Ele se refere aos Studien obra Hysterie para mostrar que Freud, até o fim de suas obras, até as últimas expressões do seu pensamento, mantém sempre no primeiro plano essa noção do passado, sob mil formas, e, sobretudo sob a forma de reconstrução. (Lacan 1939).
2.2.2. Indissociabilidade dos vários níveis de interações organismo-ambiente
2.2.2.1. Um vago senso de ordem emerge de qualquer observação demorada do comportamento humano. Se não se pudesse descobrir uma ordem razoável, raramente poder-se-ia conseguir eficácia no trato com assuntos humanos. Os métodos da ciência destinam-se a esclarecer essas uniformidade e torná-las explícitas. (Skinner, 1967).
2.2.2.2. Comportamento e ambiente são termos difíceis de manejar, pois têm significados demasiado amplos. Assim que tentamos utilizá-los, nos deparamos formulando as questões: Que tipo de comportamento? Que aspecto de ambiente? Essa é outra maneira de afirmar que sempre que tentamos descrever o comportamento ou o ambiente de um organismo somos forçados a decompô-lo em partes. A análise é essencial para a descrição em nossa ciência tanto quanto em outras. (Keller & Schoenfeld, 1950).
A decomposição do conceito de ambiente em externo, físico ou social, e interno, biológico ou histórico é apenas um recurso de análise útil para entender-se a fragmentação da Psicologia em diversos campos e para apontar os diversos fatores que, indissociáveis, participam das interações estudadas pelos psicólogos. Sem a decomposição necessária para a análise, o todo é ininteligível; por outro lado, a ênfase exclusiva nas partes pode levar a um conhecimento não-relacionado ao todo.
• Comportamento
Assim como o ambiente pode Ser analisado em diferentes níveis, o comportamento pode ser estendido em diferentes graus de complexidade. O comportamento não pode ser entendido isolado do contexto em que ocorre. Não há sentido em uma descrição de comportamento sem referência ao ambiente. Os conceitos de comportamento e ambiente e de resposta e estímulo são interdependentes. Um não pode ser definido sem referência ao outro.
Quando nos lançamos a construir uma ciência do comportamento, somos imediatamente confrontados por dois problemas:
(1) O primeiro problema é dizer quanto do que ocorre no mundo é considerado comportamento.
(2) O segundo problema é o de selecionar unidades de comportamentos.
• O modelo de Staddon para o Estudo de Interações
Devemos a Hume a noção atual dos conceitos de causa e efeito. A é causa do evento B se a sucessão A e B é invariável. No sentido corrente, causa é uma mudança em uma variável independente e efeito, uma mudança em uma variável dependente, e a relação de causa e efeito, uma relação funcional (Skinner, 1967). A seleção de uma variável como causa e a designação de outras como contexto vai depender de quais são os interesses envolvidos no estudo, pois quando variáveis de contexto são consideradas , uma relação de causa e efeito é apenas um instrumento para a descoberta de princípios de maior generalidade.
• A contingência como Instrumento para o Estudo de Interações
Na análise do comportamento, o termo contingência é empregado para se referir a regras que especificam relações entre eventos ambientais ou entre comportamento e eventos ambientais (Schwartz & Gamzu, 1977; Skinner, 1967; Weingarten & Mechner, 1966). O enunciado de uma contingência é feito em forma de afirmações do tipo “se, então”. A cláusula “se” pode especificar algum aspecto do comportamento (Weingarten & Mechner, 1966) ou do ambiente (Schwartz & Gamzu, 1977) e a cláusula “então” especificam o evento ambiental conseqüente. As contingências são as definições de variáveis independentes na análise experimental do comportamento. Weingarten e Mechner (1966) distinguem contingências enquanto definições de variáveis independentes, de proposições empíricas associadas às contingências.
Faculdade Maranhense São José dos Cocais
Assunto: Psicologia como Estudo das Interações (João Claudio Todorov²)
Disciplina: Psicologia
Professora: Elida Monção.
Resumo Crítico:
A psicologia como o Estudo das Interações
Comportamento e Interação
Níveis de Interações Organismo-Ambiente
Ambiente externo
Ambiente Interno
Comportamento
O modelo de Staddon para o Estudo de Interações
A contingência como Instrumento para o Estudo de Interações
Aluno: Izidoro Pereira da Cunha Neto
E-MAIL: izidoro_net@ig.com.br/ izidoro_net@hotmail.com